Steve Jobs morreu de câncer essa semana. Coisa que lamento.
O homem que revolucionou, como mínimo, 6 indústrias( computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicação digital) está morto, e ainda que permaneçam as suas criações, ele já nao existe.
O curioso é que, a causa da sua genialidade, o seu nome permanece "vivo" e viverá por décadas.
Sobre mim? A única revolução na que tenho trabalhado é a do meu próprio ser, e isso não terá grandes impactos sobre as massas.
As pessoas nao clamarão, ou declararão luto quando a chama da vida se extinga em mim.
Não,não serei lembrada por transformar meu coração em um lugar mais agradável para que as boas lembranças possam habitar, ou por repensar princípios e procederes... Mas isso não tira do meu propósito o seu valor. Enquanto viva, revolucionando-me a cada dia, serei digna de continuar vivendo e quando a ampulheta dos meus dias se estilhace, terei sido digna de haver vivido. A questão é: isso me basta?
Também essa semana, uma amiga recebeu o diagnóstico de câncer...
Não são as melhores notícias, mas...
Me direcionam os pensamentos à fugacidade da vida, e à imensa quantidade de vezes em que meu inconsciente me levou a crer que sou invulnerável. Doce engano.
A cada dia me descubro mais fraca, mais dependente, mais vulnerável.
A beleza disso é que a tormenta me instiga, e quase obriga, a buscar um sentido maior para o que ainda resta a viver, e a valorizar as coisas que verdadeiramente demandam valor.
Da vida só se leva o que se viveu, todo o demais se resume a sombras e esquecimento. Grande verdade.
Se eu morresse amanhã que memória deixaria ao vento? Pra onde sopraria as memórias de todos os meus conflitos e vitórias?
Oro por minha amiga, para que ela tenha a oportunidade de ocasionar as suas próprias revolucões no decurso do tempo. E espero que Steve Jobs também tenha tido a oportunidade e o desejo de fazê-lo, em um âmbito muito mais pessoal e, na minha opinião, imensamente relevante.
Karol.
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