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samedi 30 juillet 2011

Poeta novo

Descobri um poeta que tem feito com que as lágrimas desçam dos meus olhos gritando de alegria.
Sim, às vezes, para a alegria ou para a tristeza, chorar é a melhor de todas as opções!

Manoel de Barros, poeta da palavra. Como me fazes feliz!

Jorge.


"Um fotógrafo-artista me disse uma vez: veja que o pingo de sol no couro de um lagarto é para nós mais importante do que o sol inteiro no corpo do mar.
Falou mais: que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balança nem com barômetro etc.
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.
Assim um passarinho nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes.
Que um osso é mais importante para o cachorro do que uma pedra de diamante.
E um dente de macaco da era terciária é mais importante para os arqueólogos do que a Torre Eiffel. (veja que só um dente de macaco!)
Que uma boneca de trapos que abre e fecha os olhinhos azuis nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que o Empire State Building.
Que o cu de uma formiga é mais importante para o poeta do que uma Usina Nuclear. Sem precisar medir o ânus da formiga.
Que o canto das águas e das rãs nas pedras é mais importante para os músicos do que os ruídos dos motores da Formula 1.
Há um desagero em mim de aceitar essas medidas.
Porém não sei se isso é um defeito do olho ou da razão.
Se é defeito da alma ou do corpo.
Se fizerem algum exame mental em mim por tais julgamentos, vão encontrar que eu gosto mais de conversar sobre restos de comida com as moscas do que com homens doutos."

Manoel de Barros

jeudi 28 juillet 2011

Bossa nova, sentimento velho



Jorge.

THE ROAD NOT TAKEN

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I could
To where it bent in the undergrowth
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I -
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

Robert Frost

mardi 26 juillet 2011

Razão

- Estás pensando sobre isso?
    -- Não.
- Eu estou.
    -- Mas por que?
- Porque procuro sentido no teu vazio.
   -- Você pensa em preenchê-lo?
- Penso em encontrar-te respostas.
   -- Então, é claro que você pensa em preenchê-lo!
- Penso em fazer do teu vazio um abismo tão profundo que tu já não suportes carregá-lo.
  -- E pretendes fazer isso dando-me respostas?
-Sim!
 -- Que inocente! Quando eu tiver as respostas estarei em paz.
- Quando tiveres as respostas sentirás, finalmente, a urgente necessidade de encontrar as perguntas.
  --Sabe…? Acho que tenho medo dessas respostas.
- Tenho medo de ti sem as perguntas.

Jorge.

dimanche 24 juillet 2011

Definição

Memória burra só lembra do que tem que esquecer.
Ou, como diria Shakespeare: Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração.

Jorge.

vendredi 22 juillet 2011

mardi 19 juillet 2011

Vazio

Ela vai sentindo que o seu mundo interior é menor e que as suas mãos são mais densas, e que com mãos densas não pode acariciar idéias. As que ela tinha, inclusive, já se esvairam por entre os seus dedos grossos. Vai andando pela rua, carregada de frustração, e sentindo a dor do universo de dentro, que vai encolhendo, contra a sua vontade... 
Ela não quer voltar, não quer continuar e não quer ficar onde está. Expandir é o que ela quer, mas por dentro tudo é microscópico, e a essa altura seu eu interior quase inexiste. 
Fecha os olhos, então, crendo haver chegado a algum lugar, mas olha pra dentro e percebe que nem aí é possível estar. É que já não existe nada lá.


Jorge.

jeudi 14 juillet 2011

Rolling In The Deep

Sai Karol, entra Jorge... Já é hora de sair da lama e se nada funcionou até agora...bem... O Jorge já atuou em momentos muito piores...Antes que explodamos os dois ao mesmo tempo, medida de socorro!


Jorge.






mercredi 13 juillet 2011

mardi 12 juillet 2011

Chás?

E vou procurando alegria nas coisas alheias a mim...
A necessidade mais urgente agora é achar um chá gostoso.Supérfluo, eu sei.
Mas preciso de coisas que me devolvam alguma alegria, coisas bobas, nada sérias, e que provoquem em mim alguma sensação de beleza já que ando evitando o sol, as estrelas, a lua, as flores,as árvores e todas essas coisas que disparam em mim o gatilho das lembranças e inevitavelmente me conduzem à saudade ...!

Karol.

O massacre da incerteza

Egoistamente sinto que tudo em mim está voltado pra mim mesma esses dias.
Me vejo ampliando as minhas penas e tristezas e desejando que o tempo voe pra frente ou se arraste pra trás.

Não há respostas pras perguntas que conheço e não quero perguntas novas, talvez por medo de encontrar o lado da história que não devo conhecer, exigindo do silencio as palavras que ele se recusa a proferir..!
A incerteza me esmaga e a ansiedade me devora, sou brinquedo para os sentimentos, como uma folha de outono em meio à tempestade.
Quero estar fora do tempo, alheia  a toda essa incoerencia, longe de mim mesma e das coisas que eu não sei.

Karol. 

My life closed twice before its close

My life closed twice before its close;
It yet remains to see
If Immortality unveil
A third event to me,

So huge, so hopeless to conceive,
As these that twice befell.
Parting is all we know of heaven,
And all we need of hell.

Emily Dickinson


dimanche 10 juillet 2011

Dor

As lágrimas são duras dentro e fora de mim.
Nao sei se o que  mais dói é a ausencia ou a indiferença.
Sinto pedaços afiados de alma
lacerando o que sobrou inteiro de alguém que está quebrado.

Karol.

mercredi 6 juillet 2011

It still hurts

E não posso gritar. 
Meu sangue está salgado de lágrimas.

    *********************
Meu coração está despedaçado, mas me obrigo a sorrir e sorrio! E o sorriso me protege do indicador da vizinhança que grita, sem dizer palavra: Olha como ela tá triste!



Karol.

mardi 5 juillet 2011

Torpe saudade

E a saudade insiste em doer
E em alfinetar
E insiste em revirar meu estômago
E inverter as minhas vontades
E subir e sufocar a minha paz
Essa saudade infinita
Tortura a minha mente
Ultraja a rotina
Desvia meus caminhos
Mantém meus olhos no chão
As lágrimas no nó da garganta
E o coração lá
Onde ficam as lembranças
Ou,quem sabe,onde habita o esquecimento.
Pra doer menos? Ou pra doer mais?

Karol.