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lundi 19 décembre 2011

Gineco

Boa notícia :D
Prova escrita de ginecologia aprovada.
Prova oral amanha...sabe lá Deus a que horas, mas a espera oficial começa as 9 da manha...!
Confiando, e esperando...!
Ahhhh, fala sério, você nao está feliz por mim??? :)

Karol.

samedi 17 décembre 2011

Segredos e epifanias

4:38 da manhã e ainda não dormi...Ócios do ofício! De qualquer forma, sei que a tortura termina segunda feira, por quanto durem as férias academicas at least, 1 de fevereiro, pra ser mais realista.

Anyway, a vantagem de ficar awake tanto tempo é que as idéias coibidas pelo Ego se libertam ao prazer da imaginaç
ão, diante da frustração causada pela necessidade imponente de estar acordado(a) e a gente até se dá ao luxo de se entregar as epifanias...!
Agora mesmo, vendo as fotos de um amigo, nesse antro destruidor de privacidades que é o facebook, me dei conta de que alguns segredos que me confiaram, no transcurso da vida, morrerão comigo. And I´m ok about that.


Karol.

vendredi 16 décembre 2011

Whatever

Essa semana nao termina nunca. Cada dia tem 300 horas, e me parece insuportável ter que estar acordada e ativa eternamente...
Hoje estou completa e absolutamente estressada, e me dei conta de que estando aqui há 5 anos na Argentina consegui a proeza de que meus laços fortes de amizade no Brasil  se afrouxassem e ao mesmo tempo nao me dei ao trabalho de estabelecer outros vínculos de amizade importantes ao meu redor... Resultado? Hoje estou aqui, chorando pelos cantos, sem um ombro amigo em que possa confiar pra me consolar, animar e impulsionar... e sou obrigada a escrever os meus lamentos em uma página de internet vazia na frágil intençao de alentar a minha ansiedade e dissimular a solidao.
Final de ginecologia segunda-feira... muito esforço, noites sem dormir, overdose de café e pra ser sincera, nenhuma esperança de um resultado prometedor...!
Um abraço bastaria...
eu acho... :(

Karol.

lundi 12 décembre 2011

SOMBRA

Há semanas sem dormir por causa da temporada de exames finais obrigatórios da universidade, com olheiras que ocupam mais da metade do meu rosto, tive esta manhã uma crise provocada pelo stress.
Ah... que bobagem! Diriam uns, não? Todos estamos cansados por uma ou otra razão...!
É...
Mas cheguei ao limite da tolerância...intelectual, física e emocionalmente!
Dormir 4 horas por noite, definitivamente NAO satisfaz as minhas necessidades fisiológicas!
No momento em que o ser humano se enfrenta a necessidade de engolir (aqui, o engolir é literal) as coisas que mais odeia na vida, a ampulheta de tolerância que vinha esvaziando lentamente, ganha velocidade exponencialmente maior e começa a jorrar, voluptuosamente, caminho ao completo esgotamento. ESTOU FALANDO DO CAFÉ! Invenção dos infernos pra manter os olhos abertos e os nervos à flor da pele.
Percebe-se que nao há espaço para metáforas nestas palavras hoje, imagino..!?
Pois bem, uma vez contextualizados, saibam que esta manhã 2 colheres de sopa de café, ingeridas MUITO a contra-gosto - diga-se de passagem - não foram suficientes para manter abertos e atentos esses olhinhos niponicamente pressionados pelas marcas do cansaço! Sou incapaz de enumerar as vezes que programei o despertador pra MAIS 5 MINUTOS, e considerando tudo o que ainda tenho que ler, e também que não lembro de boa parte do que já li... conclui-se que TEMPO é algo que NAO tenho!
Lutando contra o desespero do sono mortificante, e por que nao dizer... mortal?! ÁGUA! OK, decido pelo terceiro banho da manhã, e pra completar, decido ficar sentada à porta, sob o sol escaldante do meio dia, esperando que o sono ficasse torrado como um corpo sem vida em processo de incineração...
Foi aí que ela surgiu. Aproveitou o ínterim em que deixei a porta aberta e me foquei no suicídio da parte de mim que tinha sono e escapou... Me viu do outro lado da rua, sentada na calçada quente, fervendo de baixo pra cima, de cima pra baixo e por dentro e decidiu me acompanhar...Vinha com o passo lento de quem não tem pressa, o olhar desafiador de quem não tem medo, o charme de quem sabe o que é, e a leveza de quem não sabe o que é perder... Imponente foi ganhando espaço e se sentou ali, comigo, completa dona de si, do espaço que a cercava, e se ninguém soubesse que era MINHA GATA, diriam que também era dona de mim. Ah, Bix...! Quanta personalidade pra um animalzinho tao insipiente,hein?!
Se aproximou e se deixou cair dócil e docemente no chão embaixo das minhas pernas, favorecida pela sombra que o meu corpo stressado projetava no chão...
E vocês aí,creiam ou não, saibam que Bix, na sua irracionalidade e guiada pelo instinto me trouxe a imagem que eu precisava pra recuperar as forças perdidas... Me fez ver que tudo o que eu preciso agora é sentar sob a sombra de alguém maior que eu, e descansar... A imagem da Bix debaixo das minhas pernas, me teletransportou pra baixo da sombra de Jesus, e agora estou tranquila, e confio que em algum momento também poderei descansar.

Karol.

BIX

dimanche 20 novembre 2011

Formatura da Ros

Alegria indescritível!
Quando eu cheguei ela já estava.
Há cinco anos caí de pára-quedas no quarto de internato da Ros, daí fomos forçadas a suportar as esquisitices uma da outra, a sobreviver juntas aos diversos desafios que a vida de um estudante de medicina pode oferecer, a compartilhar momentos íntimos dolorosos bem como alegrias explícitas. A resistir aos ataques de ansiedade e a ver filmes chatos intermináveis nas infinitas noites de sábado que sucederam, dignamente resignadas.
E agora ela vai embora, e eu fico...! Porque o meu ciclo ainda nao chegou ao fim.
Mas me alegro, porque hoje as nossas alegrias coincidem e na noite deste sábado, quando o sorriso dela manifestava a alegria de uma etapa cumprida, o meu exteriorizava a alegria infinita de ver realizado o sonho daquela que se tornou uma grande amiga.
Entre lágrimas, sorrisos, frustraçoes e dilemas construimos uma bela amizade, e hoje, depois que aprendemos a rir,considerando as adversidades, e a chorar conscientes das oportunidades, me alegro de que a alegria dela seja também a minha! Parabéns, doutora Rosemary!
Je suis fier de vous! :)


Karol.

dimanche 23 octobre 2011

Frio

Sabe aqueles dias quando a gente nao consegue se aquecer?
Nos cobrimos de mantas, cobertores, ingerimos todas as classes de líquidos quentes e  até esquentamos o coraçao lentamente ao forno da poesia e quando finalmente, em algum momento, achamos que estamos suficientemente abrigados, a geada começa a soprar de dentro da gente e o vento frio parece ter folego para congelar o mundo, sem considerar os nossos esforços...!

Para dias assim, existem músicas como essa:

Karol.

samedi 22 octobre 2011

Dias novos e dias velhos

Tenho a sensação de que as outras pessoas seguem em frente, caminhando em alguma direção, visando chegar a algum lugar, ao passo do vento, com a urgencia dos seus propósitos apressando-lhes... E eu, eu vou caminhando,cada vez mais devagar, cada vez mais consciente da minha lentidão, sem a mais pálida idéia de pra onde estou indo.

Mudaram as estações, nada mudou.

Karol.

vendredi 7 octobre 2011

Notícias


Steve Jobs morreu de câncer essa semana. Coisa que lamento.
O homem que revolucionou, como mínimo, 6 indústrias( computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicação digital) está morto, e ainda que permaneçam as suas criações, ele já nao existe.
O curioso é que, a causa da sua genialidade, o seu nome permanece "vivo" e viverá por décadas.

Sobre mim? A única revolução na que tenho trabalhado é a do meu próprio ser, e isso não terá grandes impactos sobre as massas.
As pessoas nao clamarão, ou declararão luto quando a chama da vida se extinga em mim.
Não,não serei lembrada por transformar meu coração em um lugar mais agradável para que as boas lembranças possam habitar, ou por repensar princípios e procederes... Mas isso não tira do meu propósito o seu valor. Enquanto viva, revolucionando-me a cada dia, serei digna de continuar vivendo e quando a ampulheta dos meus dias se estilhace, terei sido digna de haver vivido. A questão é: isso me basta?

Também essa semana, uma amiga recebeu o diagnóstico de câncer...

Não são as melhores notícias, mas...

Me direcionam os pensamentos à fugacidade da vida, e à imensa quantidade de vezes em que meu inconsciente me levou a crer que sou invulnerável. Doce engano.

A cada dia me descubro mais fraca, mais dependente, mais vulnerável.

A beleza disso é que a tormenta me instiga, e quase obriga, a buscar um sentido maior para o que ainda resta a viver, e a valorizar as coisas que verdadeiramente demandam valor.

Da vida só se leva o que se viveu, todo o demais se resume a sombras e esquecimento. Grande verdade.

Se eu morresse amanhã que memória deixaria ao vento? Pra onde sopraria as memórias de todos os meus conflitos e vitórias?

Oro por minha amiga, para que ela tenha a oportunidade de ocasionar as suas próprias revolucões no decurso do tempo. E espero que Steve Jobs também tenha tido a oportunidade e o desejo de fazê-lo, em um âmbito muito mais pessoal e, na minha opinião, imensamente relevante.

 Karol.

samedi 1 octobre 2011

Primavera

É primavera lá fora e, a despeito das flores, meu coração desfila sobre o despenhadeiro.

samedi 17 septembre 2011

Todas as coisas e coisa nenhuma

Sinto falta do cheiro
E das conversas intermináveis
e dos abraços de despedida
da forma como a colher entrava pelos cantos da boca
e da "siesta" das tardes de sábado
de rir das coisas mal entendidas
E de contemplar o céu estrelado
ou o pôr-do-sol... (Agora resisto aos pores-do-sol)
Sinto falta do tango
da proximidade
da companhia
do toque suave
Sinto falta da saudade que durava uma noite e morria na manha seguinte
E chego a odiar a saudade infinita que, a esse ponto, não tem solucão.
Sinto falta da inocência, veementemente negada, mas absolutamente percebida
Da serenidade, do carinho aprendido a cada dia
da necessidade de uma maior conexão com Deus... e de compartilhar esse Deus com ele ... :(
Sinto falta dos cabelos
e da espontaneidade
de dividir o sorvete e de ler um livro interessante com as pernas sobre as pernas
Sinto falta da cumplicidade, da amizade...
Do desejo
Do fio do chá amarrado delicadamente na xícara
da voz dizendo: BOA NOITE e do Hezbollah sem sentido.
Sinto falta do menino
e da barba do homem
das maos e do origami...
Sinto falta de todas as coisas e algumas vezes até gosto disso. Só algumas vezes.

Mas já não direi
E algum dia o silêncio calará a memória
Ou talvez a memória devore o silêncio.



Karol.

vendredi 9 septembre 2011

Indo pra muito longe

Quero ir embora de mim
Estou cansada das impossibilidades
Das muitas distâncias, intransponíveis
Do abismo que separa o que sei do que desejo
O que quero do que não posso ter
Quero ir embora de mim
Cruzar a ponte
Partir pro infinito
E nunca mais voltar pra cá.

Karol.


dimanche 4 septembre 2011

A ordem das coisas altera a vida

Tiro os sapatos pra caminhar quando chove, disse ele, a propósito da tormenta que caiu sobre a cidade. Ela escutou, em silêncio. Pareceu poético e ressoou dentro dela como a Valse Sentimentale de Tchaycovsky ressoaria em um quarto escuro onde, sentado num canto úmido, estivesse um romântico abandonado.
E pensando nas palavras dele ela metaforizou seus próprios sonhos:
Tirar os sapatos pra sentir o chão molhado, libertando os dedos das convenções, do escuro das obrigações, do aperto e da necessidade de cumprir com a função: pé vestido é homem sério. Pé descalço é criança.  É imaginação.
Ele tirava os sapatos, pensava ela, para oxigenar as unhas, molhar a pele, sentir o chão se resfriar embaixo dele, pisar uma pedra e sorrir com a dor que o sapato fechado lhe impediria de sentir, uma dor engraçada que ele só lembrava de sentir quando era menino e andava por aí livre, sem sapato, sem documento e sem parafusos...
Talvez tirasse os sapatos dos pés para ver a agua doce, da chuva boa, correr sobre e entre os seus dedos livres e fazer pocinha mais adiante onde, seguramente, mais tarde, outro menino iria brincar. Ele deixava a responsabilidade do homem pendurada nos sapatos, descansando tão  tranquilamente no balanço dos seus passos, que se alguém  pudesse enxergar além dos próprios olhos, de perto ou de longe, veria alegria balançando em um sapato, sem nunca suspeitar da responsabilidade desobrigada que realmente havia lá. Com os pés descalços, sonhava ela, ele assumia o suspiro da criança que existia, silente, dentro dele, há muito tempo.
Então esboçou um leve sorriso porque o seu coração se alegrou com o sapato pendurado, longe do pé, perto da infância. E continuou rabiscando, na imaginação, os devaneios que o engrandeciam diante dos seus olhos, quando ele a interrompeu, estirando suas palavras como corda para tirá-la das nuvens onde se havia sentado com suas fantasias coloridas, para explicar: “É Claro, não sou idiota, tiro os sapatos para não estragar o couro”.
A explicação dele implodiu o sorriso dela nas suas origens mais sinceras e a obrigou à mais profunda indiferença. “Algumas explicações são piores que ofensas”.
Foi aí que a moça entendeu que quando as primeiras gotas de chuva precipitam sobre a Terra, algumas pessoas tiram rapidamente os sapatos dos pés, pensando nos sapatos e em tudo o que eles implicam. Enquanto outras tiram rapidamente os pés dos sapatos, porque acreditam que os pés ainda valem mais...
Ele não entenderia, ainda que ela quisesse explicar, e sabendo disso, continuou em silencio, mas já não sorria.

Karol.

samedi 3 septembre 2011

Então é assim...!

Não escrevo há alguns dias.
E a razão disso já nao é que não saiba onde as palavras estão, como algumas semanas atrás.
Agora eu as vejo tremeluzindo a curta distancia da minha mente, mas não quero estirar a vontade para alcancá-las nem uns quantos centímetros.
Não quero eternizar, em desenhos verbais, o que está por dentro de mim.
Quando o ano começou, no meio do nada, encostada no Índico, nunca poderia imaginar as complicacões das quais eu seria protagonista, conforme decorressem os dias.
Agora, sobre o Atlântico, me afogo em incompreensões. 
Há uma larga lista das coisas que não sou, dos lugares onde não estou e para onde não vou.
Há apenas uma pessoa com quem me dói não estar.
Há muitos dons que amargo não possuir.

Fora poeta cantaria meus lamentos. Não o sou.
Fora escritora eternizaria minhas frustracões em lindas crônicas. Não o sou.

Não sou médica, ainda, e inúmeras vezes duvido de se o quero ser realmente, pesem as determinacões do destino.
Não sou romântica, nem isso.
Venho de exercer um cristianismo fajuto, inexpressivo.
Recordo, frequentemente, um passado que nunca se repetirá.
Em suma: tenho 24 anos, muitas entrelinhas,demasiadas folhas em branco e pouca vontade(ou seria coragem?) de preenchê-las.
Tenho quase 25 anos, na verdade, e sinto que o drama da minha vida não passa de um folhetim vagabundo, desses que o meu avô comprava em bancas de revista.
A única diferença é que os que ele lia, eram puramente policiais e esbanjavam adrenalina.
No livro desagradável que eu protagonizo, o único sentimento transbordante é a frustracão...!
E, sejamos sinceros, quem pagaria para ler semelhantes linhas?
Eu, honestamente...Não!

Karol.

mardi 9 août 2011

Casa

Estou em casa...
Muitas coisas estão diferentes e outras tantas seguem iguais.
Estando em casa sei que algumas rotinas fazem bem ao coração, e estando em casa sei quão agressivas podem ser outras rotinas.
Não fosse esse vazio, essa tristeza mansa que tenta se apoderar dos meus pensamentos de vez em quando, eu poderia dizer que estou plenamente feliz por estar aqui. Mas sei exatamente o que me falta. E essa dor mansa tem nome. Se chama saudade. :(

Karol.

jeudi 4 août 2011

Neutralidade emocional

Sou Karol de novo.
E nao sinto nada. Nem bom nem ruim. Quando isso acontece sou extremamente consciente da necessidade que tenho de Deus, e essa música me tras paz! :)

Karol.

mardi 2 août 2011

02 de agosto

 
"Eu tinha vontade de fazer como os dois homens que vi sentados na terra escovando osso. no começo achei que aqueles homens não batiam bem. porque ficavam sentados na terra o dia inteiro escovando osso.depois aprendi que aqueles homens eram arqueólogos. e que eles faziam o serviço de escovar osso por amor. e que eles queriam encontrar nos ossos vestígios de antigas civilizações que estariam enterrados por séculos naquele chão. logo pensei de escovar palavras. porque eu havia lido em algum lugar que as palavras eram conchas de clamores antigos. eu queria ir atrás dos clamores antigos que estariam guardados dentro das palavras. eu já sabia também que as palavras possuem no corpo muitas oralidades remontadas e muitas significâncias remontadas. eu queria então escovar as palavras para escutar o primeiro esgar de cada uma. para escutar os primeiros sons, mesmo que ainda bígrafos. começei a fazer isso sentado em minha escrivaninha. passava horas inteiras, dias inteiros fechado no quarto, trancado a escovar palavras. logo a turma perguntou: o que eu fazia o dia inteiro trancado naquele quarto? eu respondi a eles, meio entresonhado, que eu estava escovando palavras. eles acharam que eu não batia bem. então eu joguei a escova fora."
                                                                    Manoel de Barros

samedi 30 juillet 2011

Poeta novo

Descobri um poeta que tem feito com que as lágrimas desçam dos meus olhos gritando de alegria.
Sim, às vezes, para a alegria ou para a tristeza, chorar é a melhor de todas as opções!

Manoel de Barros, poeta da palavra. Como me fazes feliz!

Jorge.


"Um fotógrafo-artista me disse uma vez: veja que o pingo de sol no couro de um lagarto é para nós mais importante do que o sol inteiro no corpo do mar.
Falou mais: que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balança nem com barômetro etc.
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.
Assim um passarinho nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes.
Que um osso é mais importante para o cachorro do que uma pedra de diamante.
E um dente de macaco da era terciária é mais importante para os arqueólogos do que a Torre Eiffel. (veja que só um dente de macaco!)
Que uma boneca de trapos que abre e fecha os olhinhos azuis nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que o Empire State Building.
Que o cu de uma formiga é mais importante para o poeta do que uma Usina Nuclear. Sem precisar medir o ânus da formiga.
Que o canto das águas e das rãs nas pedras é mais importante para os músicos do que os ruídos dos motores da Formula 1.
Há um desagero em mim de aceitar essas medidas.
Porém não sei se isso é um defeito do olho ou da razão.
Se é defeito da alma ou do corpo.
Se fizerem algum exame mental em mim por tais julgamentos, vão encontrar que eu gosto mais de conversar sobre restos de comida com as moscas do que com homens doutos."

Manoel de Barros

jeudi 28 juillet 2011

Bossa nova, sentimento velho



Jorge.

THE ROAD NOT TAKEN

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I could
To where it bent in the undergrowth
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I -
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

Robert Frost

mardi 26 juillet 2011

Razão

- Estás pensando sobre isso?
    -- Não.
- Eu estou.
    -- Mas por que?
- Porque procuro sentido no teu vazio.
   -- Você pensa em preenchê-lo?
- Penso em encontrar-te respostas.
   -- Então, é claro que você pensa em preenchê-lo!
- Penso em fazer do teu vazio um abismo tão profundo que tu já não suportes carregá-lo.
  -- E pretendes fazer isso dando-me respostas?
-Sim!
 -- Que inocente! Quando eu tiver as respostas estarei em paz.
- Quando tiveres as respostas sentirás, finalmente, a urgente necessidade de encontrar as perguntas.
  --Sabe…? Acho que tenho medo dessas respostas.
- Tenho medo de ti sem as perguntas.

Jorge.

dimanche 24 juillet 2011

Definição

Memória burra só lembra do que tem que esquecer.
Ou, como diria Shakespeare: Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração.

Jorge.

vendredi 22 juillet 2011

mardi 19 juillet 2011

Vazio

Ela vai sentindo que o seu mundo interior é menor e que as suas mãos são mais densas, e que com mãos densas não pode acariciar idéias. As que ela tinha, inclusive, já se esvairam por entre os seus dedos grossos. Vai andando pela rua, carregada de frustração, e sentindo a dor do universo de dentro, que vai encolhendo, contra a sua vontade... 
Ela não quer voltar, não quer continuar e não quer ficar onde está. Expandir é o que ela quer, mas por dentro tudo é microscópico, e a essa altura seu eu interior quase inexiste. 
Fecha os olhos, então, crendo haver chegado a algum lugar, mas olha pra dentro e percebe que nem aí é possível estar. É que já não existe nada lá.


Jorge.

jeudi 14 juillet 2011

Rolling In The Deep

Sai Karol, entra Jorge... Já é hora de sair da lama e se nada funcionou até agora...bem... O Jorge já atuou em momentos muito piores...Antes que explodamos os dois ao mesmo tempo, medida de socorro!


Jorge.






mercredi 13 juillet 2011

mardi 12 juillet 2011

Chás?

E vou procurando alegria nas coisas alheias a mim...
A necessidade mais urgente agora é achar um chá gostoso.Supérfluo, eu sei.
Mas preciso de coisas que me devolvam alguma alegria, coisas bobas, nada sérias, e que provoquem em mim alguma sensação de beleza já que ando evitando o sol, as estrelas, a lua, as flores,as árvores e todas essas coisas que disparam em mim o gatilho das lembranças e inevitavelmente me conduzem à saudade ...!

Karol.

O massacre da incerteza

Egoistamente sinto que tudo em mim está voltado pra mim mesma esses dias.
Me vejo ampliando as minhas penas e tristezas e desejando que o tempo voe pra frente ou se arraste pra trás.

Não há respostas pras perguntas que conheço e não quero perguntas novas, talvez por medo de encontrar o lado da história que não devo conhecer, exigindo do silencio as palavras que ele se recusa a proferir..!
A incerteza me esmaga e a ansiedade me devora, sou brinquedo para os sentimentos, como uma folha de outono em meio à tempestade.
Quero estar fora do tempo, alheia  a toda essa incoerencia, longe de mim mesma e das coisas que eu não sei.

Karol. 

My life closed twice before its close

My life closed twice before its close;
It yet remains to see
If Immortality unveil
A third event to me,

So huge, so hopeless to conceive,
As these that twice befell.
Parting is all we know of heaven,
And all we need of hell.

Emily Dickinson


dimanche 10 juillet 2011

Dor

As lágrimas são duras dentro e fora de mim.
Nao sei se o que  mais dói é a ausencia ou a indiferença.
Sinto pedaços afiados de alma
lacerando o que sobrou inteiro de alguém que está quebrado.

Karol.

mercredi 6 juillet 2011

It still hurts

E não posso gritar. 
Meu sangue está salgado de lágrimas.

    *********************
Meu coração está despedaçado, mas me obrigo a sorrir e sorrio! E o sorriso me protege do indicador da vizinhança que grita, sem dizer palavra: Olha como ela tá triste!



Karol.

mardi 5 juillet 2011

Torpe saudade

E a saudade insiste em doer
E em alfinetar
E insiste em revirar meu estômago
E inverter as minhas vontades
E subir e sufocar a minha paz
Essa saudade infinita
Tortura a minha mente
Ultraja a rotina
Desvia meus caminhos
Mantém meus olhos no chão
As lágrimas no nó da garganta
E o coração lá
Onde ficam as lembranças
Ou,quem sabe,onde habita o esquecimento.
Pra doer menos? Ou pra doer mais?

Karol.